Entre as grandes fabricantes de smartphones, nacionais e internacionais, há sempre uma disputa incessante de quem lançará uma tecnologia diferente primeiro. No momento temos três que estão se tornando especiarias no mercado: a tela edge, aquela de bordas arredondadas; a tela infinity, onde o corpo do aparelho é coberto quase completamente por tela; celulares modular, que podem acoplar acessórios externos (e não estamos falando de fones de ouvido ou coisa do tipo).
Contudo uma empresa chamada RED, que nada tem a ver com telefonia, mas sim câmeras de alta performance para cinema, prometeu um smartphone com uma tecnologia “inédita”. Sim, alguém já tentou antes e esse alguém foi a Nintendo em um dos seus consoles portáteis. Estamos nos referindo à capacidade holográfica.
A RED anunciou para o começo de 2018 o primeiro telefone com display holográfico do mundo, que conseguirá, supostamente, alternar entre o conteúdo 2D, 3D e holográfico sem dificuldades e sem, também, exigir o uso de óculos. Um fator que impressiona também é que, devido talvez a sua grande importância no cinema, a empresa simplesmente anunciou o dispositivo (que já se encontra em pré-venda) sem revelar sequer suas especificações como chipset, RAM, armazenamento interno ou pixels da câmera. As únicas coisas que sabemos é que sua tela medirá 5,7 polegadas e será disponibilizado em duas versões, uma em titânio de 1.600 dólares e outra em alumínio de 1.200.
Mas o que esperar? Bem, a empresa disponibilizou um PDF na página de compro do aparelho, entretanto a única informação adicional é que ele será, também um aparelho modular. Tendo isso tudo em mente, podemos estipular algumas coisas. É um tanto assustador comprar um aparelho sem nem ao menos saber o que exatamente está levando para casa. E a tática da empresa é justamente essa, prometendo um produto exclusivo sem dar muitas informações “Eu estou oferecendo um aparelho que faz isso, o resto não importa, comprar ou não é escolha sua.”. Justamente essa a frase que a RED quer nos dizer. Entretanto, vale lembrar que ela é uma empresa séria, magnata no ramo cinematográfico com câmeras incríveis que chegam a custar até 100.000 dólares e necessitam de cursos especializados para operá-la, tamanha a sua gama de funções. Seu smartphone será, com toda certeza, para um nicho bem específico. Provavelmente voltado para o cinema (operando em conjunto com as suas câmeras), ideia que é mais plausível levando em conta ser um dispositivo modular. Vale ressaltar que, no processo de compra, nos termos de serviço que quase ninguém lê, é dito que não é confirmada a produção de nenhum modulo e sequer se a empresa terá interesse em fazer. Outro nicho possível é o da engenharia, cuja função holográfica terá muita serventia.
Por fim, algo inquietante. O dispositivo nos trará uma tecnologia “exclusiva”, e supõem-se que seja aceitável que ele produza conteúdo com a sua proposta, mas… Se só ele tem essa capacidade, onde poderemos reproduzir tais conteúdos?
FONTE: RED
Monospace
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