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Dev. Vs Usuário – Atualizações Constante de Aplicativos

Usuário:

Compramos o nosso celular, abrimos a caixa com os olhos brilhando, vemos cada coisa que vem nela e ligamos, por fim, o aparelho. Depois disso o que mais temos prazer em fazer é deixa-lo com a nossa cara, pondo nossas fotos, músicas, vídeos e… aplicativos! No começo tudo corre bem, tudo que temos no aparelho é o mais atualizado possível, seja o Facebook, o Whatsapp, Twitter, Es File Explore, Duo Lingo etc. Porém com o tempo é natural que essas coisas fiquem desatualizadas e tenhamos que atualizar, nessa hora que começa o problema.
Alguns aplicativos, ou melhor, desenvolvedores, abusam da facilidade que é deixar os usuários com a última versão das suas criações, afinal, demanda apenas alguns toques do cliente final. O nosso verdinho trocador de mensagens, embora hoje tenha aumentado o prazo limite, nos obriga a atualizar o aplicativo sem, às vezes, mostrar qualquer funcionalidade que demande realmente estar atualizado na última versão e ainda ficando cada vez mais pesado. Nem é preciso mencionar que isso faz nosso telefone novo não parecer tão novo assim. Seguindo na mesma empresa, temos o tão usado e importante Facebook. Hoje é um tanto complicado ficarmos sem ele; claro, caso você tenho o mínimo de contato social, trabalhe ou faça uma faculdade. Pensando nessa importância temos a tendência de mantê-lo na mais perfeita condição de funcionamento (vulgo, atualizado). Mas por que raios eles lançam atualização duas ou até três vezes por semana? E convenhamos, muitas vezes não vemos absolutamente NENHUMA mudança na aplicação.

Por que tantas atualizações? Por que pelo menos não juntar todas e lançar uma a cada semana ou duas? Além disso, as atualizações quase sempre nos obrigam a baixar todo o aplicativo de novo, se é 45MB, baixamos 45MB e não apenas uns 10 que seria plausível para uma atualização que nada muda. É frustrante você atualizar seu aplicativo pela manhã e ao final do dia ser notificado que existe (mais uma vez) atualizações disponíveis…

Desenvolvedor:
Realmente para quem não é da área do desenvolvimento é bem estranho a quantidade alta de atualizações, porém tem um motivo. No início da computação os softwares precisavam de horas para uma simples compilação, que dirá lançar uma nova versão. Antes da internet existir era muito raro um software ter atualizações sem ser uma nova versão completa devido ao tempo de desenvolvimento, testes e tudo mais, onde ao invés de ser software X versão 1.1 era lançado logo a versão 2 e quem tinha encontrado bugs na primeira, só na 2 teria eles corrigido, mas também viria com alguns bugs novos. Com a evolução os softwares puderam ser atualizados bem mais rapidamente, como podemos bem ver, e isso acarreta uma boa mudança que para os usuários não faz uma diferença perceptível, os famosos bugs. Quando um software é atualizado com um grupo grande de mudanças, como uma bola de neve terá um número grande de bugs que terão de ser corrigidos; logo, lançar uma atualização com poucas mudanças traz um número menor de bugs consigo.
Para nossos leitores e usuários se tomarem por convencidos do peso dessas afirmações, digamos que você tem que entregar um trabalho daqui 1 mês. Você tem a opção de entregar ele uma ou duas vezes por semana para revisão, pode entregar tudo poucos dias antes para a revisão ou entregar direto sem revisão alguma. O modo que garante melhor qualidade seria fazer um pouco e mandar para revisão, porque traria um menor número de erros para se corrigir e rapidamente poderiam ser solucionados. Caso deixasse, por exemplo, para entregar uma semana antes para revisão o número de erros e mudanças necessárias seria volumoso. Até poderiam ser corrigidos a tempo, porém poderiam gerar alguns pequenos erros no meio do caminho e no caso de desenvolvimento de software é algo certo de acontecer. Pode ser que lendo isso você pense “ok, já entendi que menores atualizações permitem melhor gerenciamento de bugs, mas idai?” e eu não diria que está errado em pensar assim.

Para você usuário muitas vezes o ápice será não conseguir usar determinado aplicativo, porém para a desenvolvedora do mesmo isso significa dinheiro e não falo aqui de centavos, nem de números em apenas casas decimais e não em poucos casos nem da casa de milhares, falamos de milhões. Para aplicativos como o Facebook, Whatsapp, Instagram, Twitter, Snapchat, YouTube e o famoso Google + bugs podem significar perder dinheiro e se tem uma coisa que essa galerinha não gosta é perder dinheiro. Por exemplo a compra do Whatsapp pelo Facebook custou 16 bilhões de dólares, caso o Whatsapp tivesse problemas com bugs, mesmo que pequenos com certeza esse valor pago seria menor, ou até nem seria comprado. Ainda nesse cenário não seria difícil ver o Telegram ou algum outro mensageiro se tornar o mais utilizado do mundo, onde o Whatsapp seria no máximo a segunda opção para quando o governo resolvesse bloquear o seu aplicativo principal. E esse é apenas um cenário hipotético que parece absurdo, mas que muito bem poderia ocorrer. Ninguém gosta de usar um aplicativo com bugs, e na vastidão de aplicativos que temos em nossas mãos, não é nada difícil você trocar aplicativo A por aplicativo B por causa do número de propagandas que o A mostra, por causa do design e até mesmo de bugs, como diversos outros fatores pequenos, mas que fazem a diferença no balanço final de qual escolher. Por isso volta e meia você vê uma atualização que só serve para correções de bugs, isso é eles limpando o aplicativo deles de erros que surgiram em recentes atualizações. Agora você pode se perguntar se realmente é necessário ficar adicionando tantos recursos a todo momento e a resposta é sim. Esses aplicativos são máquinas de dinheiro e eles querem que continue assim, logo novos recursos mudanças em recursos antigos etc. são meios de manter a roda girando.

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